Caminho Frances de Santiago-Junho 2009 -2º capitulo

Pesquisei a Bike Fryday, marca norte americana, que me pareceu muito versatil e bem construida. Tentei saber onde, na europa continental, se poderia vender; apenas em Inglaterra. Nao tinha representaçao em Espanha ou França. Queria fazer uma compra em euros para evitar a eventualidade de quaisquer surpresas cambiais. Vi as Birdy, muito curiosas do ponto de vista da contruçao, dotadas de suspensoes e transmissao adequadas, mas caras. Por outro lado, a minha experiencia negativa nos anos 90 com uma BTT Pro-Flex dotada de elastomeros, elementos esses que me causaram dissabores (curta duraçao, sensiveis as variaçoes de temperatura e sobretudo por nao ter sido possivel arranjar elementos de substituiçao) levaram-me a rejeitar liminarmente qualquer bicicleta com suspensao. Por esses motivos rejeitei a Bernds, as Airnimal (roda24") e as Moulton. Havia ja as Brompton em Portugal, mas com modelos base ja de si caros e ainda por cima com uma quantidade grande de peças especificas da marca e portanto dificeis de encontrar. As relaçoes de transmissao nao eram propriamente adequadas para subir os Pirineus e as serranias de Leon. Era necessario fazer uma encomenda especial para ter um modelo "P" `a medida das minhas necessidade e demoraria meses.Era porem a mais compactavel, mas ate a bagagem estava limitada aos acessorios e alforjes proprios da marca. Segui-me por conselhos do site Folding Society, o qual dispoe de muita informaçao e testes bem elaborados. Estive indeciso entre varios modelos Dahon; roda 26 Cadenza de 18 velocidades ou uma roda 20 tida pela marca como modelo de estrada. O pneu fino da Cadenza e a necessidade de acrescentar todos os acessorios necessarios, suscitaram-me reservas. Iriam colidir com a dobragem. Tinha por´em a vantagem da universalidade de rodas , pneus e transmissao. No representante da marca em Portugal os preços eram significativamente mais altos que nas lojas internet de Espanha. Fui ao representarte no Porto ver ao vivo os poucos modelos para venda imediata, existentes na altura.Nenhum deles me interessaria. Queria apenas aquilatar ao vivo a qualidade dos acabamentos e a versatilidade da posiçao de conduçao, sobretudo quando , como eu, se mede 1,80m e se pesa 96 Kg.Deram-me um catalogo em papel, que li e reli, meditei, comparei, confrontei com elementos da net e com o qual dormia ``a cabeceira. Sempre mantive a preferencia por um quadro de aço relativamente aos de aluminio. A fadiga do material ´´e menor, os quadros sao mais absorventes quanto a vibraçoes e nao tem tendencia a fissurar e a fraturar repentinamente; apenas a torcer sob esforço, coisa que um maçarico de um ferreiro em plena meseta iberica poderia, em caso de necessidade, resolver. Tinha quase todos os elementos para fundamentar a compra da Speed TR; as relaçoes curtas, as luzes, o dinamo de cubo , os porta bagagens a simplicidade estrutural, os pneus reforçados a Kevlar, a bomba de ar integrada de forma curiosa no espigao do selim, os locais para bidons de ´agua, os punhos ergonomicos. Nao obstante,tinha receio de ter dificuldade em obter raios e pneus e tinha tamb´em receio da resistencia dos portabagagens de tubos de aluminio, sobretudo sob o efeito do peso e das vibraçoes em pisos que sabia nao serem os melhores. Acabei por fazer a compra pela net a um preço razoavel.(segue)

Estou sempre desejoso do próximo capítulo